METODOLOGIAS
E CONTEÚDOS BÁSICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 1
TÓPICO 1
ð Chamamos
de emissor quem fala ou escreve a alguém.
ð É
denominado de receptor ou destinatário quem ouve ou lê o que foi transmitido
pelo emissor.
ð O
canal ou contato é a via de circulação de mensagens. No conjunto da
comunicação, deverá ser um elemento comum ao codificador e ao decodificador da
informação veiculada.
ð Os
sentidos são os canais físicos pelos quais uma mensagem é transmitida.
ð O
homem utiliza recursos verbais e não verbais para se comunicar. O código verbal
é aquele que comporta a fala ou a escrita. A linguagem verbal é linear, ou
seja, signos e sons que a constituem ocorrem um após o outro no tempo da fala
ou no espaço d linha escrita.
ð A
linguagem não verbal se utiliza de símbolos, pintura, a mimica, sinais
luminosos, dentre outros.
ð Na
linguagem verbal e não verbal são combinados os signos, de acordo com certas
regras, obedecendo a mecanismos de disposição. Há que se considerar que um
mesmo fato poderá ser transmitido por meio de um código verbal ou não verbal.
ð As
formas de linguagem são suporte para o compartilhamento de experiências,
saberes, sentimentos, cultura e conhecimento.
TÓPICO 2
ð O
texto é um espaço que promove a interação, no qual os sujeitos envolvidos
constroem uma representação do que querem informar, ativando, para tanto,
saberes e conhecimentos prévios.
ð Os
princípios de textualidade, quais sejam: a coerência, a coesão, a
intencionalidade, a aceitabilidade, a situacionalidade, a informatividade e a
intertextualidade, corroboram para que as palavras possam ser entendidas como
um texto inteligível.
ð A
sequência textual refere-se á maneira de organizar o texto linearmente,
formando uma unidade coesa e coerente.
ð As
modalidades discursivas são formas de organização dos gêneros textuais com a
finalidade de produzir um efeito discursivo especifico nas relações entre os
usuários de uma língua.
ð A
linguística, durante muito tempo, limitou seus estudos ás dimensões da frase
como unidade de significação e autônoma. Com o alargamento dos estudos, ocorre
uma mudança de posicionamento, que passa a conceber o texto, e não mais a
frase, como unidade de sentido.
ð O
ser humano está inserido em um contexto de relações sociais, que têm em comum
proibições, regras, permissões, que influenciam diretamente cada componente do
grupo e são expressos através da linguagem.
ð O
texto é uma entidade física e o discurso é o conjunto de princípios, valores e
significados que perpassam o texto.
ð Todo
discurso é investido de ideologias, isto é, maneiras específicas de conceber a
realidade.
ð Segundo
Marcuschi (2002), os textos textuais abrangem a narração, a descrição, a
argumentação, a exposição e a injunção. Os gêneros textuais, por sua vez, são
inúmeros, tais como: telefonema, carta, romance, dentre outros.
ð Os
gêneros são flexíveis e dinâmicos. As novas tecnologias favorecem o surgimento
de novos gêneros, ao mesmo tempo em que esses possuem marcas de seus
antecessores.
ð Os
gêneros são flexíveis e dinâmicos. As novas tecnologias favorecem o surgimento
de novos gêneros, ao mesmo tempo em que esses possuem marcas de seus
antecessores.
ð A
narração é um tipo de texto real ou ficcional no qual é contada uma história,
um acontecimento ou ato. Geralmente se estrutura a partir da apresentação,
conflito ou a complicação e o clímax, quando a narrativa atinge seu ponto
máximo, que converge para o desfecho e geralmente acontecendo à solução do
conflito.
ð Outro
elemento da narrativa faz menção á fala das personagens. Essa pode ser marcada
pelo discurso direto, discurso indireto livre e indireto. Uma narrativa pode
ser conduzida por um narrador não participante, que se situa fora dos
acontecimentos, ou por uma personagem que convive com os outros na historia
narrada e toma parte da mesma.
ð Fazer
uso da linguagem para representar a imagem de alguma cena, seres ou objetos é
adotar o ato de descrever. Podemos encontrar a descrição em romances, novelas,
contos, nos textos de jornais e revistas, nos dicionários, em textos
científicos, dentre outros. A descrição também aparece nos textos argumentativo
e, nesse caso, fornece dados para o desenvolvimento da arguição.
ð O
texto argumentativo caracteriza-se por ampliar a discursão de um assunto ou
tema, com o objetivo de influenciar, persuadir, conquistar.
ð O
texto injuntivo é um tipo de texto que requer uma resposta direta ou indireta
do receptor. É organizado de modo a incidir diretamente sobre os sentidos. São
marcas dessa tipologia textual os verbos no imperativo e no presente do
indicativo, com sujeito indeterminado.
TÓPICO 3
ð Desde
que a história da escrita passou a ser registrada, os supostos textuais
variaram, começando pela inscrição nas paredes das cavernas, chegando até a
internet.
ð O
suporte refere-se a um local físico ou virtual com formato específico, que
serve de base de fixação do gênero.
ð Sírio
Possenti (2002) afirma que a leitura que se faz doa textos é afetada pelo
suporte.
ð O
jornal, suporte para muitos gêneros, passou a atingir um publico grande de
pessoas e a atualizar diariamente as informações. É composto por várias seções
e vários tipos de texto.
ð A
escrita de textos científicos requer um domínio lexical, semântico, uma
linguagem mais técnica em relação ao tema em questão.
ð Os
textos humorísticos podem manifestar questões relativas á cultura e á
ideologia, os temas são controversos e podem versar sobre sexo, politica,
instituições, apontando valores e controvérsias de uma sociedade. Podem ser
utilizados para explicar o funcionamento da língua e os conceitos de literatura
de maneira lúdica e descontraída.
ð Os
textos publicitários fazem referência á venda de produtos, serviços ou expansão
de uma ideia. É perpassado por fatores psicológicos, sociais e econômicos e de
efeitos retóricos e icônicos.
ð O
texto literário caracteriza-se pelo fato de transformar a realidade e, a partir
dela, arquitetar um mundo fantástico, que se estabelece pelo meio da metáfora,
da caricatura, da alegoria e pela verossimilhança.
ð Texto literário tem uma dimensão estética, o
autor faz uso específico e complexo da língua e explora recursos do sistema
linguístico: os sons, as rimas, as metáforas, as metonímias, o sentido das
palavras e a organização frasal.
ð O
texto não literário aponta para um significado mais preciso, seu modo de
informar é objetivo.
ð A
crônica existe desde a Idade Antiga e vem se transformando ao longo do tempo.
Na contemporaneidade. Caracteriza-se por relatos da vida social, dos costumes,
da politica do cotidiano. Além disso, as mesmas são registradas ora de modo
mais literário, ora mais jornalístico. É, geralmente, em primeira ou terceira
pessoa e, por vezes, o texto é permeado de trechos de diálogos.
UNIDADE 2
TÓPICO 1
ð O
ensino da língua requer o planejamento a fim de garantir atividades de fala, escuta,
leitura e escrita, de produção e interpretação de textos, de observação de
diferentes usos de reflexão sobre os recursos que a língua oferece para
alcançar diferentes finalidades comunicativas.
ð O
linguista Saussure distingue linguagem, língua e fala. A linguagem é de
natureza heterogênea e física, fisiológica e psíquica, pertence o domínio
individual e social. A língua, por sua vez, é um produto social da linguagem,
constitui algo adquirido, um conjunto de convenções necessárias, adotadas e
aceitas por uma comunidade. A fala é um ato individual de vontade e
inteligência do usuário da língua.
ð O
exercício da fala implica uma interlocução em que a fala circula e se troca,
constituindo, portanto, o dialogo. Nos intervalos de cada falante ocorrem movimentos
ou expressões que simbolizam os chamados marcadores conversacionais, que
confirmam o envolvimento entre as pessoas do discurso.
ð A
língua falada, por ser mais abrangente que escrita, possui um maior número de
expressões e de vocabulários, é marcada pela acentuação, entonação, pausas,
fluência, dentre outras. É uma cooperação mutua caracterizada pelo ajuste de
comportamentos que intervém em todos os níveis, fenômeno esse denominado pelos
linguistas de tuno da fala.
ð A
escrita é marcada pela pontuação, que divide o texto em pequenos trechos, que
por sua vez, favorecem a interpretação do mesmo, diminuindo os riscos de erro.
ð Os
eventos da oralidade podem se efetivar em atividades que envolvam palestras,
debates, seminários, teatro.
ð Atividades
relacionadas á fala e á escuta poderiam favorecer a construção de saberes
dentro da escola e em outros espaços de formação e aprimoramento profissional.
ð A
escuta pode ser aprendida e praticada na escola. Essa atividade congrega o
prestar atenção e o se concentrar.
ð Os
Parâmetros Curriculares Nacionais explicam que um ambiente propício para a
prática da escuta supõe a mediação do professor. Para tanto, há a necessidade
da explicação prévia dos objetivos, da antecipação de certas dificuldades que
podem ocorrer e da apresentação de pistas que possam contribuir para a
compreensão.
ð É
preciso levar o aluno a analisar a fala, para que perceba que existem variações
no emprego e uso da mesma e que essas são decorrentes de fatores geográficos,
sociais, profissionais, situacionais, dentre outros.
ð A
que se considerar que a língua portuguesa empregada por pessoas que tiveram
acesso á escola e aos meios de comunicação se difere daquela empregada por
pessoas privadas de escolaridade. O professor deverá fomentar possibilidades
para a reflexão sobre a diferença de falares.
ð No processo de escuta de textos orais, os PCN
(BRASIL, 2001, P.49) enfatizam uma prática que amplie os conhecimentos
discursivos, semânticos e gramaticais. Além disso, ampliar a capacidade de
reconhecer as intenções do enunciador de aderir a ou recusar posições
ideológicas sustentadas em seu discurso.
ð O
trabalho com a oralidade e escuta em sala de aula poderá ser através do teatro,
enfatizando os efeitos de sentido e as estruturas linguísticas, tais como:
aspectos de entonação, dicção, gesto e postura.
ð A
atividade que envolve a fala e a escuta prevê a participação em jograis,
declamação de poemas, leituras, apresentação de jornal falado, de programa de
rádio, criação e apresentação de paródias.
TÓPICO 2
ð Escrever
não significa traduzir os sinais gráficos da fala; é uma prática que utiliza
elementos gramaticais, linguísticos, estilísticos, dentre outros, para tecer
uma sequência de modo a garantir a sua compreensão.
ð Na
língua escrita, a elaboração da mensagem obedece a regras com substantivos,
pronomes, advérbios, adjetivos e verbos mais precisos para nomear, identificar
e descrever lugares, objetos ou acontecimentos.
ð A
escritura e a leitura são construídas dialeticamente, determinando o caráter da
produção bem como seu significado. Desse modo, um dialogo constante se
estabelece entre autor e leitor.
ð A
partir da estética da recepção, o significado do texto é construído entre a
proposição da obra – a vontade do autor – e as respostas dos leitores. Na
tríade autor, obra e leitor, a figura desse ultimo passa a ser central.
ð O
aluno, quanto mais envolvido no processo de autoria, mais á vontade estará no
momento da escrita de seu texto. É preciso, então, o dialogismo, ponto-chave
para a escrita.
ð O
desafio da escola é extrapolar sua finalidade estritamente alfabetizadora para
uma perspectiva do letramento, ou seja, que amplie a possibilidade do sujeito
de agir sobre os vários textos.
ð Em
decorrência do crescimento econômico e cultural, a exigência da língua escrita
não é apenas um conhecimento desejável, mas uma condição para a sobrevivência e
a conquista da cidadania.
ð O
aluno progride em direção a um procedimento de analise em que relaciona a fala
á escrita. Essa correspondência passa por um momento silábico, antes de chegar
a compreender o que realmente cada letra representa.
ð É
papel do professor desenvolver a atividade de produção de textos pelo viés do
dialogismo, ou seja, um educador interessado na informação, no argumento do
texto, na historia narrada pelo aluno.
TÓPICO 3
ð Há
uma enorme qualidade de gêneros textuais disponibilizados no dia a dia,
classificados a partir de três características básicas: o tema que veicula; a
forma utilizada para a sua elaboração e o elementos linguísticos que compõem o
estilo.
ð A
elaboração de um texto leva em conta vários aspectos que se referem á seleção
das palavras, do tema a ser abordado e os elementos ortográficos e gramaticais.
ð A
prática de revisão é uma excelente estratégia didática para que o aluno perceba
e analise o seu próprio processo de construção do texto.
ð A
atividade da produção escrita deverá ser gradativa, de acordo com a série e a
maturidade dos alunos, com suas habilidades linguísticas e com o tema de seu
interesse.
ð A
prática da escrita constitui um fazer pedagógico pela possibilidade de analise
e organização de informações sobre a língua, pois permite a exposição de
saberes implícitos, seja pela comparação de expressões, seja pela
experimentação de novos modos de escrever.
ð Existe
a necessidade de uma seleção do livro didático, marcada pela diversidade e
flexibilidade das formas de organização, com o intuito de atender aos
diferentes interesses e expectativas dos alunos.
ð O
livro didático é um objeto contraditório, pois gera polêmicas e criticas de um
lado, enquanto que de outro é considerado um instrumento fundamental no
processo de escolarização.
ð Os
livros didáticos elaborados com o objetivo de orientar as práticas pedagógicas,
por vezes, passam a ser usados como um único material específico em sala de
aula.
ð Os
livros didáticos, muitas vezes, através de sua metodologia, interferem para o
silenciamento de sentidos dos textos, impossibilitando considerar as variadas
vozes presentes no texto.
ð O
livro deverá possibilitar a interação oral e escrita a partir do grau de
letramento que o aluno traz de seu grupo familiar e cultural, uma vez que há
grande diversidade nas práticas de oralidade e no grau de letramento entre os
grupos sociais a que os alunos pertencem.
UNIDADE 3
TÓPICO 1
ð A
leitura é um fenômeno social, uma atividade de construção de sentidos e de
caráter dialógico. Reconhecer a sua importância é primordial, pelas
especialidades que engendram o texto escrito.
ð A
leitura é um processo interativo, que põe o texto, o autor e o leitor como
participantes desse processo. O ultimo constrói o significado pelas
informações, conhecimento de mundo e inferências que o mesmo desencadeia
durante o ato de ler.
ð A
leitura sensorial é a primeira que se faz de um livro quando tomado ás mãos
para avaliar o seu aspecto, através da tátil que desperta.
ð A
leitura emocional estabelece o contato com o conteúdo, o qual evoca sentimentos
de prazer, de entretenimento, de rejeição, entre outros.
ð A
leitura intelectual pressupõe um processo de analise, que procura compreender a
organização do texto.
ð A
leitura autônoma refere-se a um tipo que abarca o ler com proficiência, é a
capacidade de utilizar nas praticas sociais as estratégias e procedimentos que
aferem maior fluência e eficácia ao processo de interação com textos.
ð Os
Parâmetros Curriculares Nacionais enfatizam a leitura critica como sendo a
oportunidade de ler textos dos quais já se tenha desenvolvido certa
proficiência.
ð A
intertextualidade nos remete a uma relação entre textos que permite que um
derive de outro. O conceito de dialogo entre os textos foi proposto por
Bakhtin.
ð Na
atividade de leitura, a identificação de elementos intertextuais pode ser uma
maneira de explorar o texto, uma oportunidade a ser desenvolvida na sala de
aula, pois poem em evidencia o conhecimento prévio, necessário para reconhecer
a intertextualidade.
ð Pelos
livros de imagem a criança descobre sua própria voz e desenvolve o senso logico
e possível na historia, transformando-se em uma narradora, possibilitando a
interpretação e estimulando a imaginação.
ð O
elemento imagético pode ser utilizado como maneira de representar objetos,
formas e perspectivas, especialmente dentro do ambiente escolar, em que a
leitura deve ter lugar privilegiado.
TÓPICO 2
ð As
práticas de leitura e escritura não deverão estar somente ligadas ás
estratégias constantes nos livros didáticos, com exercícios repetitivos de
interpretação de leitura, mas ao compromisso social dessas práticas.
ð Algumas
estratégias de leitura podem ser desenvolvidas, tais como: a previsão e
antecipação do ato de ler, a leitura pontual, o resumo e a esquematização e
sistematização de informações.
ð Cabe
ao professor instigar no sentido de ativar conhecimentos prévios, pois tal
prática incentiva os alunos a expor o que sabem sobre o conteúdo do texto, estabelecendo e prevendo acontecimentos,
procurando informações, atualizando-se e seguindo instruções que envolvem o
texto.
ð O
resumo deve ser explorado e pode ser utilizado em todas as disciplinas do
currículo, pois contribui para a apreensão dos temas, das ideias do texto e da
assimilação do conteúdo, ou seja, é um instrumento para a aprendizagem.
TÓPICO 3
ð Com
o advento dos meios digitais, delineia-se um novo contexto educacional, que
exige elaboração, estudo e configuração de novos conceitos e práticas
pedagógicas.
ð Uma
proposta elaborada a partir do uso das tecnologias deve ser avaliada
cuidadosamente, provocar a revisão de posturas dos agentes escolares e o
consequente aprimoramento de suas práticas.
ð Podemos
conceituar o hipertexto encontrado na web como um documento digital composto de
textos interconectados através de links ou palavras-chave destacadas que, que
quando clicadas, levam para o assunto desejado, mesmo que esteja em outro arquivo.
ð O
hipertexto é uma escrita não sequencial, um texto que bifurca que permite ao
leitor escolher e que pretende ler em uma tela interativa.
ð Explorar
os gêneros textuais é papel determinante para o processo de formação do jovem
leitor.
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