Mais
cedo ou mais tarde sabíamos que isso iria acontecer. Com o avanço da tecnologia,
nada mais justo do que ela invadir as escolas. Por um lado o professor ganha
com a atenção, com cursos de qualificação, mais especializações e
automaticamente, mais embasamento para as aulas. Por outro lado, não podemos
desprezar os livros, eles são e sempre serão peças chaves para a educação, sem
eles, não seríamos quem somos "educacionalmente falando".
A internet
está aí, ajuda muito, mas de nada adianta se não soube usar, e além do mais,
não foi na internet que aprendemos que B com a A é BA. Foi ali, com aquele
professor(a) sem conhecimento algum de informatização, que aprendemos a ler e
escrever e foi ele(a), com seus dogmas e digamos que com "suas
peculiaridades educacionais", que conhecemos os livros e desbravamos o
"mundo da imaginação".
Logo
abaixo, tem um texto super legal, que alicerça tudo o que eu falei, foi
retirado do Jornal on-line Folha Vitória. Gosto muito desse site, pois além das
coisas cotidianas, ele também possui blogs educacionais e bem dinâmicos, vale a
pena dá uma passadinha lá e ler cada post.
Sucesso na sua jornada acadêmica e até mais...
Obs: Para quem quiser ler o texto do próprio site, é só clicar no link ao lado Tecnologia nas escolas
Tecnologia: uma realidade cada vez mais presente nas salas de aula.
Computador, ultra book, Smartphone, tablet, Ipod, projetor interativo... A cada dia, novas e diferentes tecnologias invadem as salas de aulas e conquistam professores e alunos. Até parece que os bebês de hoje já nascem conectadas e sabendo postar fotos no Facebook e compartilhar no Instagram.
Diante de tanta evolução, é inevitável o surgimento de uma discussão que coloca em xeque o modelo de educação básica no Brasil, que luta para encontrar um espaço nesse mercado tão disputado que é a atenção dos alunos. Afinal, as novas tecnologias são realmente eficientes no processo de aprendizagem? Computador substitui o livro didático?
Para Cleonara Schwartz, coordenadora do programa de Pós-Graduação em Educação da Ufes, as novas tecnologias não vão tirar o papel do livro didático ou de qualquer suporte que sirva ao processo educacional. “Essas tecnologias vêm para facilitar o acesso à informação, elas são outra ferramenta na sala de aula. As mais interativas estão voltadas para a informação ou são para facilitar as relações ensino-aprendizagem. Mas repito, elas não substituem o livro”.
O livro possui seus diferenciais, segundo a coordenadora. “O aluno o leva para casa, consulta, seu conteúdo é apresentado diferente do conteúdo tecnológico, na internet ou na louça digital. Até porque as novas tecnologias têm uma linguagem diferenciada, mais rápida, já o livro tem um conteúdo mais intenso, mais denso, com detalhamento maior, usa outros recursos diferentes dos recursos tecnológicos”.
Entretanto, Cleonara reforça o papel positivo do uso de tecnologias dentro da sala de aula. O segredo está na forma como ela é apresentada para os alunos. “Toda tecnologia na sala de aula tem efeito positivo, desde que seja usada adequadamente. Uma louça digital é ótima, porque enriquece o conteúdo, mas a criança também precisa ter uma formação de leitor, de alguém que precisa estudar, e por isso precisa ter hábitos, atitudes que vão levar a um comportamento de estudo”, orienta.
Seguindo essa premissa, não há idade mínima para o uso das tecnologias, lembrando que ela também não substitui as brincadeiras de criança. “Na Educação Infantil, a criança precisa brincar, ter uma série de outras questões ligadas aos valores cognitivos das crianças e à brincadeira é fundamental. A questão é se essa nova tecnologia vai tomar o lugar da brincadeira e de outras atividades que são importantes para o desenvolvimento social e cognitivo”, destaca a especialista.
Formação
Antes, porém, é preciso capacitar o professor para saber usar a tecnologia e abrir a mentalidade da escola para receber essas inovações, e é aí que caímos em mais um dos desafios da educação brasileira, segundo o Mestre em Educação e Avaliação de Sistemas Educacionais Edebrande Cavalieri. “Algumas escolas e professores resistem, achando que a tecnologia é uma forma de distrair a criança. Não é verdade, a escola precisa com urgência se adequar ao uso da tecnologia como ferramenta. Ela não resolve o problema da educação, mas é uma grande evolução para as crianças em processo de aprendizagem”, afirma Cavalieri.