Olá pessoal,
Hoje vou compartilhar com vocês,
um artigo bem bacana sobre relacionamento, ou melhor, sobre casamento...
Espero que gostem, é muito legal,
pois de forma simples, o autor aborda o tema sem criar paradigmas, muito menos
fórmulas de "como viver um casamento perfeito..."
Por que os casamentos
acabam?
O ser humano possui inúmeras necessidades, tanto físicas quanto
emocionais. Desde o nascimento, somos condicionados a viver em sociedade e
motivados a conviver com nossos semelhantes. Nas brincadeiras infantis da
escola, no convívio em família e nos contatos com outras pessoas em variadas
ocasiões sociais, somos incentivados a nos relacionar. À medida que nos
desenvolvemos física e emocionalmente, chegando à adolescência – e hoje
precocemente, muitas vezes, na pré-adolescência – buscamos a nossa “alma
gêmea”.
Talvez isso ocorra porque, em tese, a maior necessidade do ser
humano é a de partilhar suas emoções. Ter alguém com quem conversar, brincar,
sorrir, chorar. Um companheiro, uma companhia, alguém com quem dividir alegrias
e tristezas, contar nossos segredos mais íntimos, sonhar juntos o sonho que era
de um e passa a ser de dois. Daí vem o desejo de viver juntos, casar-se,
constituir família.
Mas será mesmo que as pessoas ao se casarem entendem a
responsabilidade do compromisso que estão assumindo um com o outro? Talvez sim,
talvez não. Como já dizia Rubem Alves, somente o tempo pode responder a essa
pergunta. O tempo se encarrega de mostrar os verdadeiros motivos por trás de
nossas ações e, na união entre duas pessoas, não seria diferente.
Se partirmos da noção de que o casamento, seja ele formal ou não,
é uma necessidade do ser humano, por que então os casamentos acabam? Será que
não deveriam durar ” para sempre”, como no final feliz dos contos de
fada? Os fatos e as estatísticas revelam o contrário. Os casamentos
tendem a durar cada vez menos. Quando vemos um casal comemorando bodas de ouro
– cinquenta anos “dourados” de união – , estamos diante de uma façanha e
tanto!
Já que essa é a nossa realidade, sabemos que, apesar da vontade
inerente ao ser humano de partilhar sua vida, as pessoas estão cada vez mais solitárias
– às vezes mesmo sem o término do casamento, continuando casadas e, ainda
assim, sentindo-se sós. Então, que tal analisarmos alguns casos que podem nos
fazer refletir sobre o assunto?
Veja o caso de pessoas que se unem por razões de conveniência ou
interesse. Antigamente, os pais assumiam o papel de escolher a esposa ou o
marido de seus filhos. Era um verdadeiro negócio entre as famílias, com direito
a recebimento de um dote por parte do marido. As duas famílias se uniam porque
era conveniente; muitas vezes porque trabalhavam no mesmo ramo e queriam
expandir seus negócios, outras vezes porque a união geraria ganho financeiro ou
seria uma questão de status casar a filha com aquele rapaz, considerado um bom
partido.
O amor, sentimento tão irrelevante nessas transações, era jogado
para escanteio. E para as famílias que não possuíssem recursos para que a filha
(ou filhas, pois as famílias eram mais numerosas) tivesse um dote? Essas
provavelmente teriam filhas solteironas, sendo isso um motivo de vergonha. Você
deve estar se perguntando se isso ainda acontece e lembrou-se de alguma cena de
novela ou seriado em que alguém dá um golpe do baú ou se insinua sutilmente em
um determinado ambiente à procura de um “marido” ou de uma
“esposa”.
Pois bem, você pensou certo. Imagine que, até os dias de hoje, em
pleno século XXI, ainda há lugares do planeta onde esse é o padrão dos
casamentos. Na Índia, por exemplo, os pais escolhem os maridos para suas filhas
dentro da mesma casta, que são as classes sociais em que a sociedade indiana é
dividida. O sucesso desses casamentos baseia-se em um profundo senso de
compromisso entre os casais e suas famílias, mas não é garantido.
E o que dizer das pessoas se unem para não continuarem sozinhas? A
solidão é considerada o mal do século e há quem não admita viver só. A prova
maior dessa constatação está na legião de internautas que, cada vez mais,
buscam nos sites de relacionamento o seu “par perfeito”. É legítimo
querer companhia, mas essa condição acaba sendo, em alguns casos, uma
verdadeira armadilha para apressar-se numa relação que não privilegia a
afinidade do casal.
Há pessoas que, após um breve contato, já pensam em dividir o
mesmo teto e acabam sofrendo enormes decepções. Não há um tempo determinado
para se “conhecer” alguém a ponto de viver junto, porém um pouco de prudência
e, como sugerem os terapeutas, ficar de olho nos sinais que o comportamento do
outro nos envia, podem auxiliar aqueles que pretendem se casar a terem mais
sucesso nas suas escolhas. Isso me lembra uma frase que ouvi que me pareceu
muito verdadeira: “há casamentos que acabam porque nunca deveriam ter
começado.”
A adolescente que engravida do primeiro namorado: será que a
paixão resiste às responsabilidades que vêm com o nascimento de um filho? Na maioria
das vezes não. A cada ano aumenta o número de mães solteiras. Quando os jovens
decidem se casar, por imposição da família ou não, os casos de fracasso
constituem um dado relevante para explicar a nossa pergunta inicial: por que os
casamentos acabam? Imaturidade para assumir a relação a dois, falta de
estrutura para assumir uma vida adulta de grandes e, por que não dizer,
angustiantes responsabilidades. Ou ainda, os dois motivos “juntos e
misturados”!
Famílias cada vez menores, superpopulação mundial e a necessidade
de conter a explosão demográfica: nada disso impede que pessoas se unam pelo
desejo de gerar um filho, de perpetuar a espécie. É um
sentimento instintivo que nos faz buscar o outro para consolidar a
palavra bíblica do “crescei e multiplicai-vos!” O problema é que, ao
fim do casamento, os filhos são muitas vezes “compartilhados” de forma
insatisfatória e, muitas vezes, traumatizante. Importante, nesses casos, é
lembrar-se sempre que, o compromisso do casamento pode acabar, mas o compromisso
com os filhos nunca acaba.
Agora vem aquela razão que você estava esperando e achou que eu
havia esquecido: a infidelidade, traição, “chifre” e o que mais houver
para descrever esse ato considerado abominável no casamento. Sim, milhares de
casamentos terminam por causa do adultério. Tédio na relação, o prazer da
conquista, “ninguém é de ninguém” – muitas são as explicações para esse
acontecimento que pode minar o casamento, mesmo que não haja a separação ou
divórcio.
Há muitas controvérsias, mas a grande maioria se sente
desrespeitada diante de uma traição. Há quem perdoe e recomece o casamento e, é
fato, seja mais feliz com seu marido ou esposa após o acontecido. No entanto,
crimes passionais estão aí para mostrar que nem sempre é fácil lidar com esse sentimento.
Compartilhar continua sendo uma necessidade e um desejo do ser
humano, não há como negar. Então, se nada pode ser feito para que as pessoas
continuem se casando – seja por amor, conveniência, imposição ou para fugir da
solidão – cabe a nós aprimorar nossas escolhas e apostar não na durabilidade,
mas na qualidade do casamento. Se ainda for possível para o casal
experimentar uma relação que alie respeito e desejo mútuo de partilhar a vida,
vale a pena casar-se. E que os deuses abençoe essa união!
Meu resumo sobre o artigo:
Não existe uma fórmula pronta, de como ser "feliz pra
sempre", até porque isso não existe...O que existe ou ao menos deveria
existir, é mais companheirismo, dialogo sincero, respeito, muita afetividade,
carinho, está mais presente "em todos os momentos", precisamos
aprender a regar mais a plantinha. O casal precisa ter momentos juntos, nem que
seja só para tomar um sorvete e voltar, mas que nesse momento os dois possam
está juntos mutuamente, e não só carnalmente, o mundo está sedento de
relacionamentos sinceros, de casais dispostos a aprender o verdadeiro sentido
do AMOR...
Fonte: MANSUR, André. Por
que os casamentos acabam. Blog André Mansur. 2015. Disponível em: <http://advogado.andremansur.com.br/por-que-os-casamentos-acabam/>
Acesso em: 06 de Maio de 2016.
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